As fraturas por estresse do quadril são fratura ocasionadas devido ao treinamento exagerado e ao impacto de repetição nesta articulação. Usualmente ocorrem no colo do fêmur. São fraturas sem deslocamento que iniciam muito discretamente, mas que podem se deslocar por completo. O colo é a região que mais concentra estresse do fêmur, mesmo em condições normais. Quando esta região é submetida a condições de força extrema como exercícios extenuantes e muito repetitivos, o osso fadiga ocasionando a fratura por estresse.
Sintomas
Dor anterior na virilha, com ou sem movimento. Claudicação. Melhora com o repouso. Piora quando realiza atividades intensas a ponto de necessitar cessar a atividade.
Fatores de Risco
- Sexo feminino
- Distúrbios hormonais
- Distúrbios de hábitos alimentares
- Atletas, especialmente corredores de longas distâncias
- Tríade feminina: anorexia nervosa + osteoporose + amenorreia
Diagnóstico
O diagnóstico é realizado por uma boa anamnese, um exame físico minucioso e pela complementação de exame de imagem: A radiografia geralmente é normal ou inconclusiva. Na maioria dos casos o diagnóstico é confirmado pela Ressonância Magnética.
Tratamento
O tratamento depende do tipo de fratura e da adesão do paciente.
As fraturas do tipo compressivas podem ser tratadas de forma conservadora, retirando carga do membro (deambular com muletas) e restringindo as atividades físicas. Nestes casos as fraturas tendem a consolidar de 4 a 6 semanas. É necessário um acompanhamento minucioso e uma boa adesão do paciente ao tratamento, pois qualquer risco de deslocamento da fratura pode mudar a conduta, necessitando de cirurgia.
Nas fraturas em zona de tensão do colo do fêmur, pelo risco elevado de deslocamento, a fixação com parafusos canulados já é indicada.
Em fraturas que já deslocaram o tratamento é sempre cirúrgico. A escolha do tratamento vai ser individualizada de acordo com a idade e atividade do paciente. Pode ser necessário uma redução aberta e fixação interna ou mesmo uma artroplastia total do quadril.