A artroscopia do quadril vem se tornando uma indicação cirúrgica cada vez mais frequente devido aos bons resultados associados ao procedimento. Nesta cirurgia, acessamos a articulação do quadril através de incisões pequenas, onde introduzimos um pequeno dispositivo óptico que possibilita a visualização precisa para realização das mais variadas correções. É um procedimento tecnicamente complexo, devido à anatomia da articulação e o grande volume muscular que a circunda, porém com grandes vantagens quando comparado à técnica aberta, devido às pequenas incisões (cortes na pele) que substituem exposições maiores e mais agressivas para o tratamento das patologias do quadril, consequentemente com um retorno mais rápido às atividades esportivas e da vida diária.
Indicações
- Lesão labral (indicação mais comum);
- Remoção de corpos livres;
- Impacto femoro acetabular;
- Lesões condrais;
- Anormalidades sinoviais;
- Ruptura do ligamento redondo;
- “Snapping hip”;
- Artrite séptica;
- Biópsias;
- Sinovectomia.
Possíveis complicações do procedimento
A taxa de complicação do procedimento fica, em média, em até 5%, sendo a maioria causada pela tração exercida na articulação ou por trauma direto aos nervos cutâneos durante a confecção dos portais de acesso ao quadril.
- Neuropraxia transitória tanto para o nervo pudendo e o nervo ciático;
- Necrose de pressão do pé, escroto ou períneo;
- Risco de acelerar a necrose avascular da cabeça femoral;
- Infecção;
- Quebra de instrumental;
- Instabilidade por excesso de ressecção das estruturas.